A deputada Nayara Rocha (PP), coleciona votos contra a população em pouco mais de um ano de mandato. Após votar a favor do aumento do ICMS de produtos como a cerveja e eletrônicos, votar contra o reajuste das forças de segurança, votar a favor do Plano de Recuperação Fiscal do Estado, que retirava direitos dos servidores, agora foi a vez de votar contra o reajuste de 10% dos servidores estaduais como professores, profissionais da saúde entre outros.
O projeto de lei do reajuste dos servidores ainda tramita na assembleia legislativa. A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vota, em sessão nesta quarta-feira, 5 de junho, o projeto de lei do governador Romeu Zema (Novo) que concede reajuste de salário aos servidores civis e militares do Estado de Minas Gerais. O projeto inicial previa uma recomposição salarial de 3,62%. No entanto, nesta terça-feira, 4 de junho, uma emenda elevou o percentual para 4,62% após um acordo entre Zema e sua base no Legislativo mineiro. A emenda precisa ser aprovada pela comissão da ALMG, em segundo turno, para ser levada à votação final no plenário, prevista para esta quinta-feira, 6 de junho.
O líder do governo Zema na Assembleia, deputado João Magalhães (MDB), defendeu a nova proposta do governador e ressaltou que o governo atingiu "o limite" do que pode oferecer ao funcionalismo público. “O governo já chegou no limite, que é a reposição da inflação do ano anterior. Respeitamos a iniciativa da oposição, mas vamos trabalhar para que as emendas sejam rejeitadas”, afirmou Magalhães.
Em contrapartida, deputados da oposição ao governador e parlamentares ligados às forças de segurança tentam convencer os colegas a aprovarem uma outra emenda, que prevê um reajuste de 10,67% ao funcionalismo para igualar a inflação acumulada desde 2022.
Após duras mobilizações por todo o Estado de Minas Gerais o governador Romeu Zema, em mais uma afronta aos trabalhadores públicos estaduais, aumentou em 1% a proposta de reajuste salarial para a categoria. Os ínfimos 3,62% agora são míseros 4,62%, diante de uma inflação de mais de 10% e de aumentos de contribuição previstos no Projeto de Lei do IPSEMG que anulam os 4,62% em sua totalidade, entre outras medidas prejudiciais, como aumento da contribuição de filhos e cônjuges dos beneficiários. Ou seja, dá com uma mão e tira com as duas.
Enquanto insiste em uma política de arrocho salarial para o funcionalismo, Romeu Zema (Novo) aprovou em maio de 2023 um aumento de quase 300% para si e para a “casta” do funcionalismo. É o terceiro maior salário entre os governadores, segundo ranking do UOL.
Para “reajustar” seus salários que, segundo o Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa, estava defasado em 147% no período de 2007 a 2022, Zema se deu um aumento de quase 300%.
O caso de Zema foi parar na Justiça, mas o STF rejeitou em dezembro um pedido para reverter esse acréscimo. O subsídio mensal de Zema passou de R$ 10,5 mil para R$ 39,7 mil neste ano (aumento de 278%) e chegará a R$ 41,8 mil em fevereiro de 2025 (aumento de 298%, em comparação com 2023).
É diante deste cenário que o governador não se envergonha de propor um reajuste de insignificantes 4,62% e pagar apenas a metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadoras da educação.
O valor básico praticado pelo governo de Minas para professores (as) em início de carreira (licenciatura plena) é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90%, ou seja, R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago, isto é, o Piso Salarial Nacional, de R$ 4.580,57 neste ano.
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