18/05/2023 às 12h17
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Redacao
Vespasiano / MG
A ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, foi inocentada da acusação de assassinato do jornalista Maurício Campos, dono do jornal O Grito, em agosto de 2016. A decisão foi confirmada nesta terça-feira (9) pelo Fórum Cível e Fazendário, no bairro Luxemburgo, região Centro-Sul de BH.
Todos os oito acusados foram inocentados da acusação de homicídio. Roseli e Alessandro de Oliveira Souza, filho de um funcionário de confiança da prefeita, foram condenados por desvio de dinheiro público.
Todos os oito acusados foram inocentados da acusação de homicídio. Roseli e Alessandro de Oliveira Souza, filho de um funcionário de confiança da prefeita, foram condenados por desvio de verba pública. A política foi condenada a 2 anos e 9 meses em regime aberto, enquanto Alessandro recebeu uma pena de 2 anos e seis meses. As duas condenações foram substituídas pelo pagamento de cinco salários mínimos e prestação de serviço à comunidade.
Segundo a assessoria do Fórum, a defesa da ex-prefeita pretende recorrer por conta da condenação por desvio de dinheiro público.
A juíza Fabiana Cardoso determinou a revogação das prisões preventivas de todos os acusados, incluindo a da ex-prefeita, que estava em prisão domiciliar.
Relembre o caso
A ex-prefeitura de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel era acusada de ter encomendado e financiado a morte do jornalista Maurício Campos Rosa, dono do jornal O Grito, morto em agosto de 2016. O repórter apoiava a eleição de Roseli em seus jornais, mas, em determinado momento, Maurício teria exigido um pagamento extra para não divulgar supostas irregularidades descobertas por ele.
A prefeita passou a ser considerada suspeita do crime após funcionários da prefeitura denunciarem que os pertences do jornalista foram encontrados no gabinete de Roseli. Documentos no computador da vítima revelavam ameaças e negociações entre ele e a prefeita.
Roseli Pimentel chegou a ser presa preventivamente em 2017, mas foi solta após conseguir um habeas corpus. Sua chapa foi condenada em 2017 e 2018 por irregularidades no financiamento da campanha. Ela foi afastada do cargo e a Câmara de Vereadores abriu um processo de cassação do mandato, que foi encerrado em maio de 2018 após Roseli renunciar ao cargo.
A prefeita teve o seu primeiro mandato cassado em dezembro de 2016 por abuso de poder polícia e econômico. Segundo as denúncias, Roseli havia enviado mensagens para os diretores de escolas municipais pedindo que eles influenciassem pais de alunos durante as eleições. Roseli e o vice-prefeito foram declarados inelegíveis por oito anos, mas recorreram à decisão. Com essa liminar, Roseli se manteve no cargo.
Além de Roseli, outras quatro pessoas foram julgadas pelo Fórum Cível e Fazendário. Todos eles estariam envolvidos no assassinato do jornalista, mas agora foram inocentados. Os acusados eram:
Paulo César Florindo de Almeira - acusado de ter matado a vítima com sete tiros de arma de fogo.
Gustavo Sérgio Soares Dias - acusado de ter conduzido o veículo que levou o executor até o local do crime.
David Santos de Lima - acusado de ter rastreado e perseguido da vítima no dia do crime, além de ser o responsável pelo desaparecimento do carro usado.
Alessandro de Oliveira Souza - conhecido como Leleca, é filho de Antônio Ferreira de Souza e funcionário de confiança da prefeita. Ele é acusado de ter contratado os executores do crime e seria amante de Paulo César.
Outros dois acusados ainda devem ser julgados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. São eles:
Mônica Maria Lara Augusto Rocha - servidora da prefeitura de Santa Luzia, é acusada de ter auxiliado a prefeita no desvio de R$20 mil para pagar os executores do homicídio.
Giovania Monalisa Costa Araújo - acusada de ter divulgado, indevidamente, conteúdo sigiloso das investigações. Giovania integrava o quadro de pessoal do município de Santa Luzia na época do crime e atuou como advogada de Alessandro.
Antônio Ferreira de Souza - locador do imóvel onde funciona o Posto de Saúde do distrito de São Benedito, em Santa Luzia. Os R$20 mil desviados foram transferidos para a conta pessoal dele, sob justificativa de um "equívoco" nos depósitos de verbas.
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