04/09/2023 às 11h16
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Redacao
Vespasiano / MG
Quatro vereadores de Belo Horizonte, aliados ao presidente da Casa, Gabriel Azevedo, registraram boletins de ocorrência junto à Polícia Militar de Minas Gerais acusando o secretário da Casa Civil do Governo de Minas, ex-deputado federal Marcelo Aro, de intervir no funcionamento da Câmara Municipal.
De acordo com os registros feitos na PM, vereadores relatam que integrantes do grupo político de Aro estão os pressionando para que votem a favor da abertura de cassação do presidente do Legislativo Municipal. A pressão, ainda conforme os boletins de ocorrências, teria se transformado em ameaças com a decisão dos parlamentares de votarem contra a abertura do referido processo.
Além do próprio chefe do Legislativo, procuraram a Polícia Militar os vereadores Cleiton Xavier (PMN), Gilson Guimarães (Rede) e Loíde Gonçalves (Podemos). Eles acusam representantes da chamada “Família Aro” de coagi-los e ameaçá-los para votarem a favor da abertura do processo de cassação de Gabriel, assunto que deve voltar a ser pautado nesta segunda-feira (4).
Entre as ações relatadas estão não somente a pressão sofrida nos corredores da Câmara na última sexta-feira (1º) – quando o pedido de abertura do processo de cassação começou a ser debatido –, mas também a influência de Aro na Prefeitura de Belo Horizonte e até mesmo no Ministério Público e no Judiciário.
De acordo com o relato do presidente da Câmara no registro policial, Aro “é responsável pela indicação de quatro secretários municipais da Prefeitura de Belo Horizonte na gestão de Fuad Noman (PSD), a saber, secretário municipal de Governo, Castellar Modesto Guimarães Neto; secretária municipal de Educação, Roberta Rodrigues Martins Vieira; secretário municipal de Meio Ambiente, José Reis Nogueira de Barros, e secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Campos Motta”.
Em outro momento do depoimento, ele alega que “diversos vereadores relataram ações para pressioná-los a votar pela abertura do processo de cassação por parte de Marcelo Aro e/ou de pessoas ligadas a ele e ao seu grupo, tais como afirmar que cargos em comissão na Prefeitura de Belo Horizonte poderiam servir como moeda de troca (...), afirmar que quantias em dinheiro poderiam ser entregues em troca de votos” e, ainda, “afirmar que investigações no Ministério Público poderiam ser iniciadas por influência”.
À reportagem, Gabriel disse ter sido procurado por alguns colegas que estão se sentindo coagidos e explicou que pediu apoio da Polícia Militar para resguardar a integridade deles. “Vereadores de várias regiões, várias origens sociais, relatam até que pessoas foram em suas casas intimidarem. Estamos solicitando apoio e segurança da Polícia Militar a todos os vereadores que se sentiram ameaçados, a exemplo do que já ocorreu com o então vereador Mateus Simões, hoje vice-governador do Estado de Minas Gerais. Um ofício será enviado a ele e à Ouvidoria Geral para providências”, acrescentou o presidente da CMBH.
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